Aleksandr Sokurov, um dos maiores nomes do cinema russo, é reconhecido como um dos mais importantes cineastas contemporâneos. Tetralogia do Poder, a sua obra composta por quatro filmes, é considerada uma das mais relevantes das últimas décadas.
Entre 1978 e 1987, Aleksandr Sokurov realiza três longas-metragens, duas curtas de ficção e seis documentários, trabalhos pouco comuns à época e que não escaparam à censura na União Soviética. Em 1987, devido a vários factores entre os quais as transformações políticas, os seus filmes são finalmente lançados, e Sokurov começa a ter uma maior exposição em vários festivais. É neste ano que Aleksandr Sokurov apresenta um filme na Competição do Festival de Berlim pela primeira vez, Mournful Unconcern. No mesmo ano, com The Lonely Voice of Man recebe o Leopardo de Bronze no Festival de Locarno.
Com Mãe e Filho, de 1997, venceu no Festival de Moscovo o Prémio Especial do Júri, o Prémio do Círculo de Críticos Russos e o Prémio Andrei Tarkovsky. Dois anos depois, Moloch marca a estreia do cineasta russo na Competição principal do Festival de Cannes. O primeiro filme da Tetralogia do Poder, Moloch foca-se na figura de Adolf Hitler. Em Cannes, o filme vence o Prémio de Melhor Argumento, recebendo depois quatro nomeações para os European Film Awards e quatro prémios atribuídos pelo Sindicato dos Críticos de Cinema Russos. O segundo filme da Tetralogia do Poder, Taurus (2001), centrado na figura de Lenin, é também apresentado em Competição no Festival de Cannes, e recebe oito prémios atribuídos pelo Sindicato dos Críticos de Cinema Russos.
A Arca Russa (2002), filmado num único plano-sequência, é um dos marcos da história do cinema contemporâneo e considerado uma obra prima. No Festival de Cannes, o filme esteve em Competição pela Palma de Ouro. No Festival de Toronto recebeu o Prémio Visions. No mesmo ano, o realizador é distinguido no Festival de São Paulo, com um Prémio Especial, atribuído pelo conjunto da sua obra. No ano seguinte regressa novamente ao Festival de Cannes, com Pai e Filho, que conquista o prémio FIPRESCI.
Em 2005, com O Sol – terceiro filme da Tetralogia do poder, focado no imperador japonês Hirohito – competiu pelo Urso de Ouro em Berlim, e foi considerado o Melhor Filme desse ano pelo Sindicato dos Críticos de Cinema Russos. No ano seguinte, no Festival de Locarno, o realizador foi galardoado com o Leopardo de Honra, uma importante distinção atribuída anualmente a um cineasta pelo trabalho realizado ao longo da vida.
Em 2011, Fausto (último filme da Tetralogia do Poder) é exibido no Festival de Veneza, em Competição, e vence o cobiçado Leão de Ouro. Nesse festival, ganha ainda o prémio SIGNIS e o prémio Future Film Festival Digital. No Festival de Londres, Fausto foi apresentado em Competição. Quatro anos depois, Aleksandr Sokurov regressa ao Festival de Veneza com o documentário Francofonia, apresentado em Competição. O filme recebe em Veneza o Prémio Fedeora e o Prémio Fondazione Mimmo Rotella. O filme é ainda apresentado no Lisbon & Estoril Film Festival. Em 2013, o Lisbon & Estoril Film Festival dedicou uma retrospectiva ao cineasta, a qual contou com a sua presença.
Leopardo Filmes