A Teoria Universal

Assemelha-se um pouco a algum filme noir, filmado nos anos 60 por Orson Welles, baseado no argumento de Fritz Lang, que brincou com o tema de um misterioso assassinato no congresso anual de físicos teóricos e transformou-o em um misterioso thriller de ficção científica metafísica situado nos Alpes suíços. O tema do filme é, entre outras coisas, o multiverso, mas enquanto para outros cineastas isso muitas vezes serve para construir histórias frenéticas cheias de ideias loucas, aqui é, pelo contrário, parte de uma narrativa elíptica relaxada destinada a um público mais exigente. O multiverso também é abordado visual e estilisticamente, pois graças ao trabalho de câmara e luz e sombra, várias formas de filmes em preto e branco de diferentes décadas se encontram aqui. Personagens interessantes interagem juntas, mas gradualmente tornam-se parte de uma história cada vez menos coerente, que especialmente no último quarto se torna intencionalmente confusa. No geral, é provocativo em termos de interpretação, mas ao mesmo tempo atinge os limites de quando o espetador ainda está disposto a envolver-se no entendimento das conexões e sentido da interconexão das várias linhas. (13/10/2023)

Johannes goes to the Alps for a congress of highly intelligent people, but things start happening that even his head can't comprehend. Unfortunately, mine doesn't either, because I started to get lost in the snowy landscape from the second half onwards. Still, you can't deny that Timm Kröger has managed to make a solid retro-noir for our times, with a properly dense atmosphere, a period soundtrack, distinctive actors and carefully built tension. Only the script would need better coaching for next time. (03/11/2023)

Stylized distinctively and effectively into the black-and-white works of the 1940s and 1950s, the film tells the story of a gifted physics student who arrives with his PhD at a scientific conference in a cozy hotel in the Swiss Alps. The conference comes to an untimely end, as does the life of one of the participants. And the strange events are far from over. The Theory of Everything throws everything into the blender – from film-noir to conversational drama, romance, detective story, conspiracy thriller to sci-fi and horror about metaphysics. And despite this fascinating list of genres, it flows very slowly and the viewer has to go through several dead ends to get to the final explanation. A difficult film to evaluate. I imagine that for a lot of viewers with a lowered patience threshold, it will just be "meh", but I actually quite liked it – with just a little editing and tweaking, it would have been a great film. (24/10/2023)