O Vento Levar-nos-á

  • Irão Bad ma ra khahad bord (mais)
Trailer

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O título deste filme, retirado de um poema da iraniana Forough Farrokhzad, reforça uma ideia já há muito indissociável da obra de Abbas Kiarostami que é a sua visão poética do cinema. Esta mesma ideia é sublinhada logo no início de O Vento levar-nos-á, que começa com um poema de Omar Khayyam que nos fala do significado simbólico da morte nas nossas vidas. A história gira em torno de um engenheiro (Behzad Dourani) e de dois colegas seus que viajam para uma longínqua e pequena aldeia do Curdistão iraniano por razões que permanecerão desconhecidas.
A história do engenheiro vai sendo pontuada pelas vidas das pessoas que vai encontrando pelo caminho: um rapaz que se torna seu guia, um trabalhador que discute as restrições sobre o papel das mulheres, a grávida que lhes dá abrigo, e a anciã da aldeia, que acaba por ser a razão da sua visita. A estrutura deste filme é facilmente identificável pelos que estão familiarizados com o trabalho de Kiarostami: um forasteiro privilegiado lançado numa cultura que lhe é estranha torna-se testemunha dos costumes, crenças, e dos rituais diários de uma população, e a aldeia transforma-se no palco para todas estas histórias que se vão entrelaçando. Mas o filme é, sobretudo, um exame da natureza humana, da nossa existência e da nossa civilização. (Midas Filmes)

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