Hostis

Um western de sangue puro com um enredo envolvente e bem escrito, direção fantástica e atores perfeitos - os rumores sobre a atuação histórica de Christian Bale não mentiram, embora seja discutível se é a sua melhor atuação (mas está definitivamente no top 3 e é espantoso ver Bale dar uma grande atuação com os seus olhos, sobrancelhas, rugas na testa e até bigode). No entanto, já é, sem dúvidas, o melhor desempenho de Rosamund Pike. O seu carácter trágico combina a fragilidade, força e determinação femininas, enquanto o herói de Bale é, nada menos, um guerreiro trágico que vai ficando gradualmente sem amigos-co-guerreiros, num ambiente impiedoso. O filme transborda de temas fortes e sérios, desde polémicas sobre violência, natureza humana e moralidade, e o peso da consciência, até à diferença entre matar por ordem e matar em geral. Atmosfera majestosa, emoções, caracteres maravilhosamente escritos, trabalho impecável com motivos, os últimos quatro minutos talvez demasiado doces, mas realmente lógicos. Nem todos os índios são iguais. Um grande êxito. (02/07/2018)

Pelo quão pensativo o filme analisa os sentimentos de todos os personagens, subestima bastante a importância de retratar a aproximação da personagem de Bale ao chefe, crucial para a exposição da história. Isto pode ter sido culpa da edição final, que se destinava a tornar o filme mais acessível a um público mais amplo, reduzindo o tempo de duração. Teria feito do primeiro terço a primeira metade, e teria prolongado o tempo de duração para 150 minutos. De facto, os Hostis são tão cativantes, emocionais, psicológicos e engajados de pensamento que poderiam ter sido o (anti-)western da década, retratando com mais precisão esse período fodido da história americana de todos os seus irmãos do género. Cada minuto é um testamento intenso de perda, sofrimento e tristeza. (08/08/2018)

A wonderful story by the sensitive Scott Cooper. Minimalistically served, modestly presented but profound in its message. The moments of silence, thoughtfully spoken dialogue and knowing glances were more engaging for me than the scenes of horror and violence, which also have their place. I can see why this flopped in theaters, in this day and age of superhero Marvel and DC dreck, this old-school style of narrative is out of place with 99% of today's film output. And I understand why Christian Bale wants to make films like this, and I thank him for that and wish him well in his future film career. (11/06/2018)

The first cinema experience of the year. Scott Cooper serves up a gritty adventure western with the Apache! Starring a solid Christian Bale, Rosamund Pike and Ben Foster. The film has a slower pace, but a very tense atmosphere, beautiful scenery, lots of disgusting maniacal Apaches who have no problem murdering an entire family and their children (the opening scene is very intense) and a great soundtrack. There are only four action scenes, but they are authentically filmed, with excellent sound design and very tense to the point of being breathless. This dead genre has been slowly reviving and gaining momentum for the last two years and that's only a good thing. 75% (16/01/2018)

The premise gave me a feeling that this would be one of the best Hollywood experiences. And it really was. It has exactly everything is should and nothing more, nothing less. Christian Bale and Wes Studi greatly portray the best warriors of their respective sides and as destiny has planned, at the end of their lives they meet again just so one of them can carry the other home. And it is done on the President’s order. Brutal bloody scenes, unbelievably strong emotions, characters you pity, the darkness in their minds you can’t understand and the scenes you won’t forget. Undoubtedly a great experience and the last scene is probably the most beautiful and poetic movie ending I have seen in years. (07/10/2020)