John Wick: Capítulo 4

Pode ser um pouco reciclado, mas ainda assim é uma bomba de ação divertida sem um único ponto aborrecido em quase três horas de duração. E com o final mais bonito da série até agora. Bill Skarsgård, o vilão burguês exemplar, Donnie Yen, o primeiro personagem secundário da série a igualar-se a Wick, sem ser um vilão unidimensional. As tomadas de interior de RPG vindas de cima são uma delícia, mas eu não tomaria a condução em marcha-atrás na rotunda à volta do Arco do Triunfo em Paris de Missão: Impossível, porque esta série igualmente importante não precisa disso. Maior leveza (as músicas populares de rádio da Torre Eiffel, a longa caída das escadas) com a dimensão exagerada de tudo isto era mais do que agradável. O desenho de produção, é claro, é mais uma vez encantador. Espero que vejamos a jovem japonesa Rina Sawayama também no quinto filme. (03/04/2023)

O mais rico John Wick até agora. Já não é apenas uma experiência de ação cheia de adrenalina, mas uma narrativa cuidadosamente construída de uma história de destino de um homem que tem de matar porque não tem escolha, apanhado numa espiral mortal de vingança e negócios inacabados. Atualmente um dos destaques do género de ação. A ação é poderosamente eficaz, pontiaguda, elegante, imaginativa, clara e visualmente atrativa. Todas as sequências de ação são absolutamente monumentais na sua duração e execução geral, e poderiam facilmente funcionar como o clímax final de muitos outros filmes de ação. Além disso, graças às mudanças de cenário, cinematografia, estilo e composição musical, são completamente diferentes de cada vez, aumentando a variedade do filme, que efetivamente evita a rotina e a monotonia apesar das técnicas de luta, golpes e movimentos repetitivos. Keanu Reeves é, claro, divino, mas o destaque absoluto aqui é Donnie Yen, sobre cujo personagem eu gostaria de ver um filme separado. (23/03/2023)

Chad Stahelski may have bitten off more than he can chew when he tries to build a world and mythology around John Wick, because he's not very good at it. But all those clumsy attempts at worldbuilding are forgivable when it comes to action. The fourth John Wick is crammed with great shootouts and fights that once again show Hollywood that the action genre is far from having the last word, and that when the right people get their hands on it, the result is breathtaking, and you don't even notice that it's three hours long. In terms of action, John Wick stands at the absolute cinematic pinnacle. It may handle the in-between scenes a lot worse, but nobody goes to the movies to see this franchise for that filler anyway. (22/03/2023)

It's still mostly top-notch action, but the Wick theme is pretty much exhausted. The script, with dialogue written by Keanu Reeves, was probably about 2 A5 pages, I don’t think it was more than that, and when someone wasn't fighting someone, I was more likely to cover my ears. There is one brilliant action sequence (a bird's eye view of a shotgun rampage with fiery "Dragon Breath" ammunition), but that not enough to make the film memorable. The previous episode, which I thought was better, had a lot of jaw-dropping moments, like the knife fight, the action inferno with the dogs or the horse kicks, but the only thing that really stands out here is the short scene with the shotgun and then the kinetic sequence at the Arc de Triomphe. Otherwise, it's mostly about headshots, and there are so many of them and with such frequency that by the final lengthy scene on the "endless" stairs I was already numb and didn't care. Moreover, how am I supposed to worry about John Wick, when he survives with a mere shake stuff that would have killed even the T-1000 in Terminator 2? It wasn't joy, as in previous episodes, but rather fatigue towards the end. Please, no more episodes. (27/03/2023)

The visuals are shamelessly lavish and the action sequences are impressive, but unfortunately, the film is very poor when it comes to acting and conversational scenes. At times I found it almost a little funny in terms of what the protagonist survives, and the indestructibility of the blind anti-hero was glaring – I just didn't really believe it. So I have a number of problems with this film, for example, I'm still not entirely comfortable with the fact that it pretends to be groundbreaking cinema when it's basically an action B-movie, and the world isn't built in a completely bulletproof way – I wonder, for example, how the hero apparently moves around the world more or less seamlessly when he manages to change so many destinations. But can I give it three stars when I gave the same rating to much worse action flicks from Netflix? No, I can’t. (29/03/2023)