Maligno

Giallo de Cronenberg através ótica de Wan? Uma loucura total, um espetador de mainstream não vai conseguir. Para mim, fiquei satisfeito com o visual, Annabelle Wallis e a coragem do realizador, mas abanei a cabeça perante o ponto de partida e o resultado final, em vez de ficar contente. (10/10/2021)

Wan queria realizar um louco filme de terror sobre um assassino misterioso, mas atolou-se em procedimentos que já tinha experimentado com segurança nos filmes de espíritos e o que lhe resulta disso é uma manta de retalhos de demasiadas combinações, não intencionalmente ridícula e exagerada em todos os sentidos, já que muitas coisas não têm lógica por terem sido lá enfiadas apenas para o efeito. Sim, a ideia central (embora colada de tudo o possível que já havia antes) é interessante e inspiradora. Mas teria de ser elaborada com uma abordagem mais moderada e focada, e mesmo com um orçamento mais baixo. Porque é que este filme precisa dos exigentes cenários digitais, do design megalómano e da duração de quase duas horas? Não precisa de nada disso. O bom senso do diretor devia ser suficiente, mas desatou a correr incontrolavelmente em todas as direções, simplesmente porque podia. E se no seu próximo filme eu vir em cada cena uma inundação excessiva de lâmpadas a piscar, a granulação do ecrã sem transmissão e o ruído de rádio (porque isso tudo deve ser muito assustador!), para mim é o seu fim como realizador, para sempre. (15/09/2021)

Pure fun. The trailer touted a completely different film, but in the end James Wan actually made a Giallo purely for fun, but not the 70s Giallo, the serious kind that worked with pretty colours, a classic detective line and a masked killer in a black cloak, gloves and a knife; Malignant is closer to the later Giallo, which used to be spiced up with some completely insane fantasy element. It's hard to write about it without spoilers, but it would be a shame to reveal the film's plot twists. The script is fun because of the speed to which it builds up the plot, which is actually terribly silly and trashy. If it were another filmmaker, you might well wonder whether they are joking or being serious about this kind of film, but Malignant is clearly anchored somewhere in between. It has a lot of exaggerated details that seem downright comedic, which is obviously the intention, and it should be taken as some sort of playful joke with which the director had fun on the set, and which the viewer should also have fun with. That some of the details don’t make sense, it doesn’t matter. (10/09/2021)

James Wan made a movie for fun. He made a horror film about a woman who becomes an unwilling witness to violent crimes, in the style of the B-horror films of the 1980s. He is not afraid of absurdity, even going for the slightly ridiculous at times, but at the same time the film is extremely imaginative and clever, and uncompromisingly his. You may find it terribly satisfying, or you may turn it off in disgust halfway through. But it's definitely worth a try. Because if you happen to be in tune with Wan, you'll enjoy it immensely. (14/09/2021)

A bland episode of Tales from the Crypt that only becomes entertaining during the overblown Troma-like finale. The problem is that before it tears off the chain, it's preceded by a full-length runtime of sheer boredom, zero tension building, unimaginative gore, slavish Giallo allusions, generic characters and non-existent atmosphere. There's a real risk that you won't even be awake for the finale. (07/05/2022)