Yi bo la bing du

Um filme do qual radiam toneladas de raiva, ódio, depravação, violência extrema e perversão sexual. Um filme que infelizmente não pode ser condenado como lixo provocador barato, porque é sofisticadamente escrito, dirigido com arte, dinamicamente editado, brilhantemente representado, imprevisível e nem por um segundo aborrecido. O ator hoje em dia reconhecido Anthony Wong interpreta de forma credível o assassino bestial e pervertido sexualmente. Ele não teria problemas em molhar com gasolina e em incendiar uma menina cujos pais ele tinha acabado de matar à frente dela (a cena de abertura, preparando o clímax para o resto da ação). O filme o acompanha como um «natural born killer» e nas suas ações vai além dos limites da imaginação mais depravada. O pior de tudo é que não o glorifica particularmente nem o julga. Esta neutralidade do filme, que por vezes desliza em humor negro para um público muito pequeno, é a semente de um intenso sentimento mórbido do qual poucos filmes se podem orgulhar. Eu evitaria o argumentista por quilómetros... O motivo do vírus Ébola, do qual o nosso «herói» se torna portador, só entra em cena na segunda metade, e só aumenta e aprofunda a ansiedade e o nojo da atmosfera deprimida. Completamente não recomendo para os espetadores mais sensíveis e inexperientes. (05/09/2005)

With what the movie "Yi boh lai beng duk" brought to the table, he played his part absolutely brilliantly. There's humor that lightens everything up a bit, but there are also properly disgusting and harsh scenes that balance it out. When it comes to gore, the autopsy scene excels in this direction and shows that when a capable artist takes on gore, it truly looks repulsive. Here, one could point out a certain stiffness of the body, but that can be forgiven due to illness. This movie surprised me greatly, more in the positive sense of the word. (23/09/2014)