Goldbeater

O Emissário do Diabo é praticamente o canto do cisne dos estúdios Hammer Films. É um filme decente do género, com um elenco impressionante (Richard Widmark X Christopher Lee = uma bomba), mas gostei mais dos dois primeiros terços do filme, nos quais é bem construída uma atmosfera sombria, do que durante o final, que dá a impressão de ser terrivelmente apressado e acaba por ser o maior anti-climax que possam imaginar. Seria bom se houvesse uma reviravolta memorável no final.

Tem miniaturas absolutamente mágicas de uma Roma futurista, desempenhos divertidamente maus dos atores e um enorme potencial chunga, que, infelizmente, não foi explorado. É também bastante entediante e no guião anda-se propositadamente com rodeios durante todo o tempo e fala-se muito para se poupar nas cenas de ação, pelas quais o espetador espera em vão.

The King's Man: O Início não é nada mais do que uma sequência de cenas aleatórias num paralelo muito vago com eventos históricos. Cenas que dão ao espetador aliciadores visuais e momentos wtf quanto baste para não ter que pensar no facto do enredo ser uma nulidade e, na verdade, não fazer sentido nenhum. E a revelação em relação ao vilão, apresentada como uma gigantesca surpresa (mas que o espetador adivinha no quinto minuto do filme)? Matthew Vaughn não deve estar a falar a sério.

É evidente que Gritos tinha de voltar um dia, mesmo sem Craven, então por que não desta forma. Em geral, este filme é uma sequência decente da série, mesmo que não traga muito de novo e que me tenha deixado um bocado espantado em relação a algumas decisões criativas, e apesar de numa específica eu até me ter dito a mim mesmo que não iria considerar este filme como parte do cânone (e não vou). Apesar disso, é certamente um filme de matança muito divertido, que é agradavelmente "meta". Alguns diálogos vão fazer-vos rir e vão entreter-vos com novas personagens decentes, entre as quais se destaca Jack Quaid. E Kyle Gallner como um "white trash redneck" devia aparecer infinitamente mais vezes! Nas próximas partes, os criadores terão de ir por um caminho bastante maluco, para que não seja sempre o mesmo uma e outra vez, portanto espero pelo menos pelo retorno de Matthew Lillard, a quem o televisor na primeira parte certamente causou apenas cicatrizes ligeiras na cara.

In my opinion, this movie is actually like last year's Mortal Kombat as it is such a "guilty pleasure", at least so far this year. As a standalone movie, the fourth Matrix movie does not stand up well, in my opinion, and few people will enjoy it without knowing certain realities and a sense of irony. Still, I was gloating in the cinema and marveled at how the studio could have greenlighted this screenplay. The way the whole thing went reminded me a bit of the third season of Twin Peaks, where David Lynch broke free from the chain and was meta in his own peculiar way. He left popular characters in hibernation for most of the time and managed to piss off half the audience to boot. It could quite possibly be summed up as follows: If you are one of those who wanted and looked forward to the fourth Matrix movie, you are probably going to be as disappointed as ever. If you are one of those who considered the original a borderline masterpiece and did not care for the sequel, you are going to get an entertaining and interesting experiment. I guess that is about all.

Os Detectives é um filme policial interessante no qual não nos vão ser apresentados personagens bons e maus claramente definidos, como em muitos outros filmes. Vivemos o enredo com pessoas cujos objetivos e maneiras podem ser moralmente questionáveis e é por isso que são personagens absolutamente credíveis que não estão sujeitos a uma narrativa a preto e branco. A história é assim muito mais refrescante e mostra melhor, de uma forma crítica, o ambiente social que transforma pessoas honestas em vigaristas e coitados em assassinos.

O Juiz é praticamente um filme de família terapêutico precisamente no limite entre um drama mainstream e um suspense mais exigente, que agradará à maioria dos espetadores graças ao elenco cheio de estrelas e ao cuidado cinematográfico em geral. Não há muito para criticar e só me pergunto o quanto o filme soaria diferente sem o "animador" Robert Downey Jr. no papel principal, por isso depois de vê-lo pela primeira vez prevalece a satisfação, apesar de poder imaginá-lo como um drama sólido numa escala muito menor do que afinal teve - mas entendo que, nesse caso, a maioria dos espetadores deisistiria a meio.

Um atrativo thriller mainstream, surpreendentemente brutal em alguns detalhes e bem executado a todos os níveis, um filme no qual o estreante Edward Norton no papel secundário conseguiu ofuscar com perfeição a estrela que Richard Gere era na época... o que, na verdade, corresponde perfeitamente à onda da película. Parabéns.

Two Thumbs Up!

Maximum Overdrive is basicly Stephen King on so much coke. It is simultaneously a very bad and also very unique movie. Plus, it is fun to think about what is going on.