Goldbeater

Para mim, este filme oscila exatamente na fronteira entre as 3 e 4 estrelas. Todos os 164 minutos com o jogo de xadrez de milionários e facadas nas costas foram divertidos e, além disso, apresentou uma história da qual eu não fazia ideia e o elenco é, sem dúvida, absolutamente de tirar o fôlego. Gostei mais das cenas com Irons Leto e Pacino (especialmente este último rouba muitas cenas para si mesmo e estou feliz por ele ter ganhado tanto espaço). Fiquei um pouco perturbado com a dispersão nos sotaques italianos (Driver Irons Pacino com um sotaque moderado que mal se percebe X Gaga Leto absolutamente extravagante e exagerado). Tenho um pouco de pena pela estrutura do enredo do filme. Durante as 2,5 horas Ridley Scott teve espaço suficiente para uma narrativa uniforme e completa da história, mas ainda assim perde tempo em algumas das partes menos essenciais e a conclusão, por outro lado, parece ser apressada e a ligação da cena final carece de qualquer explicação de como lá chegaram e onde é que os atores falharam. É pena, pois tudo isso me interessava.

Considerando as absolutas loucuras que aconteceram durante o filme, tratou-se de uma diversão de filme B surpreendentemente decente. A maior bizarria deste filme é o desequilíbrio tonal absoluto, quando salta dum horror animal bastante intenso, passando pelo filme de família, para quase uma comédia louca com efeitos sonoros grotescos. Talvez seja uma tentativa de fazer uma obra para toda a família. Apenas a revelação final, que cada espetador pode perceber à distância com muita antecedência, poderia ter sido mais bem escondida pelos seus criadores.

Pois, desta vez as cópias sem limites não se revelaram muito divertidas. Robowar - A Máquina da Morte pode ser um excelente roubo do conteúdo do Predador americano, mas infelizmente é uma das obras menos chamativas e de maior displicência da oficina do lendário copiador desleixado italiano Bruno Mattei. Os seus filmes podem ser muito engraçados (Virus Rats - Notte di terrore) e até mesmo de rir às gargalhadas (O Regresso do Exterminador), mas este passeio pela selva é chato e realmente não tem o que oferecer.

Divertido pelo seu esquema cativante e visual minimalista, com uma duração que corresponde bem à riqueza da história que quer contar. Eu só apontaria o dedo ao destino demasiado previsível de alguns personagens e à estranha reviravolta no último episódio, que eu podia dispensar. De resto, é uma série bastante decente da Coreia do Sul.

With minor reservations, The Night House is actually the best horror movie I have seen in months. In addition, I am fully prepared to watch it again and possibly increase the rating. I really like mature horror movies like this.

Este filme consolidou-me uma convicção anterior - Tibor Takács sabe filmar de forma execelente cenários oníricos e manejar uma atmosfera de terror e a inclusão de efeitos especiais clássicos, mas as fraquezas do argumento, especialmente a lógica sutil no comportamento dos personagens, nas suas mãos ficam-se pela superfície. Eu tive essa sensação ao ver Capa do Terror e tenho a mesma sensação aqui. De qualquer forma, se tivesse visto Fenda como miúdo, tenho certeza que teria memórias porreiras disso hoje.

Não percebo bem o despeito geral em relação a este capítulo da série que, apesar de inúmeras referências aos filmes anteriores, pode na verdade funcionar como um todo independente e como uma das poucas da série que tenta uma abordagem e um resultado originais. Não se encontra uma cena mais emocionante do que a conclusão deste filme, nem mesmo nos antigos filmes do 007 e talvez em nenhum deles. Pode ser que George Lazenby como Bond tenha chegado e tenha logo ido embora, mas funciona muito bem no filme e, numa dimensão alternativa, eu gostava de ver mais capítulos com ele (bem como com Timothy Dalton mais tarde). Para mim, a única nódoa na beleza da obra, mesmo depois de anos, continua a ser a montagem objetivamente louca das cenas de ação, os criadores simplesmente não a tinham sob controle naquela época. E nos créditos finais deviam ter cortado a melodia alguns segundos mais tarde. Eu os deixaria em silêncio.

Deadline - U.S.A. has, first and foremost, the excellent Humphrey Bogart, and last but not least, the kind of snappy and clever dialogues that you don't hear in contemporary movies. Plus, believe me, that is all you need to be satisfied.

Baby Blood é uma bela surpresa da França, concebido como um road movie de terror puro e duro, que leva o espetador numa viagem através da incomum gravidez da personagem principal e não se detém nem por um momento. O terror fisicamente desagradável não poupa nem nas impressionantes cenas sangrentas, nem no humor negro bastante absurdo (especialmente no último terço), lembra um pouco, por exemplo, as obras de Frank Henenlotter. Para os fãs dos filmes de terror série B, é uma obrigação. E nem me tinha ocorrido antes em como seria conveniente assisti-lo na Netflix em dose dupla com o filme Baxter, já que o próprio bull terrier Baxter tem aqui uma pequena participação especial.

Uma paródia de terror queriducha. O enredo é absolutamente banal e a conclusão é totalmente aleatória, mas o humor britânico seco e alguns gags bem feitos elevam-no um pouco acima da média. E o carismático Vincent Price tem uma participação de cerca de 5 minutos no total, mas quando ele está em cena, tal como esperado, rouba o filme todo para si.